Guia de planejamento financeiro para autonômos, MEI's e afins

17/03/2022

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Guia de planejamento financeiro para autonômos, MEI's e afins

Ser um profissional autônomo, MEI e afins exige um bom planejamento financeiro. 

E nem sempre é fácil alcançar tal objetivo. A organização financeira para autônomos deve ser um pouco diferente do que para um assalariado, afinal, gastos com produção e mão de obra, por exemplo, impactam diretamente no fluxo de caixa.

Você optou por trocar a carteira assinada pelo ato de empreender? Ótima decisão. Mas junto com ela deve vir uma série de cuidados e controle financeiro pessoal.

Na hora de se organizar, um dos principais obstáculos são os ganhos variáveis. A renda da empresa é diferente todos os meses, principalmente quando o setor tem picos de consumo sazonais, por isso, ler este conteúdo é fundamental para você começar a colocar em prática as melhores ações. 

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Guia de planejamento financeiro para autônomos

1. É necessário separar as finanças pessoais das despesas do seu negócio

A primeira dica está aqui e não à toa. É essencial começar a fazer a separação das finanças, pois esse é um motivo bem comum para que profissionais autônomos se endividem. 

No entanto, é necessário diferenciar os custos pessoais dos profissionais, isso vai te ajudar inclusive na parte burocrática. Por exemplo, na hora de declarar o imposto de renda, ter essas questões alinhadas irá facilitar muito. Portanto, o primeiro passo para ter um planejamento financeiro saudável é ter uma conta bancária e um planejamento para Pessoa Física e outra para Pessoa Jurídica.

2. Calcule os custos fixos pessoais e da empresa

Aqui é o momento em que você faz a análise da planilha. Assim, será possível compreender quais são custos fixos mensais, como aluguel, internet, telefone, entre outros. Nessa hora, considere aquilo que é realmente necessário e descarte o que é supérfluo, nos dois casos. Ao se planejar você vai pensar nos cortes de gastos desnecessários.

Definiu bem as despesas? Agora é hora de separar mensalmente a quantia necessária para arcar com esses gastos. No caso de contas variáveis, como água e luz, calcule a média dos últimos meses para se preparar. 

O orçamento não está fechando? Então considere a redução de mais gastos ou priorize alguns custos e faça um bom planejamento financeiro pessoal

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3. Use o cartão de crédito com sabedoria

 Definitivamente, esse momento não é o mais adequado para gastos supérfluos. Muita gente passou, pelo menos, 2 meses em isolamento, fazendo somente as atividades essenciais e conseguindo sobreviver. Ter essa mentalidade de optar somente pelo fundamental na hora de avaliar suas despesas é muito importante para definir o que é ou não essencial e o que pode ser substituído por algo mais econômico. 

Se você estabelece prioridades e metas, o seu orçamento irá começar a tomar forma e enxergar o seu futuro financeiro será bem mais fácil. Assim, você também aprende a utilizar o cartão de crédito. Ao contrário do que muitos imaginam, para controlar o financeiro pessoal, não é necessário proibir o uso do cartão de crédito, porém deve-se usá-lo com sabedoria. Ao parcelar, avalie quanto de sua renda ficará comprometida no próximo mês, e claro, veja se você realmente tem a capacidade financeira para debitar esta dívida e seguir utilizando o cartão de crédito. 

4. Faça uma reserva de emergência

Principalmente com a experiência da pandemia, que fez muitos empresários se reinventarem para segurar essa barra chamada crise, separar uma parte do seu faturamento e do seu salário para um fundo de emergências se tornou ainda mais essencial. Isso vale tanto para fazer uma reserva pessoal quanto profissional. 

Talvez essa seja a principal dica para um bom planejamento financeiro para autônomos, pois como os ganhos variam mensalmente, é essencial ter um respaldo.

Para isso, defina o quanto será destinado por mês para essa reserva. O ideal é ter, no mínimo, um caixa que cubra seis meses de custos e despesas, antes do lucro ser retirado da empresa. Quando os meses forem melhores, coloque mais dinheiro nessa quantia. E de preferência, faça investimento em produtos com uma boa combinação entre retorno, risco e liquidez.

5. Estipule os preços e salários

Se você é um profissional autônomo que está oferecendo serviços, saiba definir o preço pelo seu trabalho. Para isso, realize uma pesquisa de mercado e cobre um valor que cubra suas despesas e, além disso, te dê a margem de lucro necessária para os seus objetivos. Mas dê valor ao seu produto e explique para o cliente o porquê do preço cobrado.

Faça uma revisão desse custo a cada seis meses. Ao fazer isso, você não vai sair prejudicado recebendo menos por conta da inflação e continua se mantendo atualizado com base no que é cobrado por outros concorrentes do mesmo setor.

Para definir uma remuneração pessoal, entenda quanto é necessário para custear as despesas da casa e faça uma separação desse dinheiro para pagar as obrigações. 

6. Contrate um consórcio (Investir e Faturar)

Pode parecer que não, mas essa é uma boa hora para investir em um consórcio que te ajude a conquistar objetivos no futuro. Isso porque agora todos nós estamos aprendendo a lidar com um período atípico de consumo, de recursos e até sobre como nos relacionamos com o dinheiro. 

Tá aí a oportunidade que você precisava para incluir hábitos financeiramente sustentáveis na sua vida. E o consórcio possibilita isso: você define o valor que precisa para conquistar seu objetivo, o valor da parcela que cabe no seu bolso e o prazo que você prefere. 

A visão é a seguinte: o consórcio por si só já é uma maneira de poupar em grupo para fazer uma compra planejada, seja de um bem ou serviço. Ao final de um consórcio de imóveis, por exemplo, todos os participantes têm o crédito necessário, disponibilizado em uma carta para compra do bem ou contratação do serviço. Quando é contemplado, o consorciado parte para a aquisição de um imóvel.

O consórcio é mais humano, fala sério. Todos que participam do consórcio devem pagar uma mensalidade, sem juros (real oficial), referente ao crédito que será acumulado. Aqueles que estão com os pagamentos em dia podem participar da assembleia e dos sorteios de contemplação, que acontecem todo mês.

Nela, a pessoa sorteada recebe a carta de crédito naquele mês e assim sucessivamente, até que todos do grupo sejam contemplados. Porém, quem atrasa os pagamentos pode ficar de fora da assembleia e, como consequência, dos sorteios. Portanto, o mais importante de tudo é avaliar sua capacidade de pagamento antes de entrar em um consórcio. Do contrário, ficará de fora dos sorteios.

Por fim, a gente tem que andar com um pé no hoje e outro no amanhã, principalmente quando se trata de dinheiro. O lance não é ficar rico de uma hora pra outra e comprar tudo que vê pela frente, mas sim ter saúde financeira para poder planejar o que você quer e precisa comprar. Simule e comprove