Comprar a casa própria está nos planos de muitos brasileiros. Mas muitas vezes, infelizmente, só de pensar nos juros de financiamento, no tamanho da entrada ou em toda a burocracia que envolve alcançar este objetivo, bate um desânimo. Entretanto, temos uma solução: é aí que entra a o consórcio de imóveis.
O consórcio de imóveis é uma modalidade de compra extremamente segura, ideal para quem não tem condições de fazer uma compra à vista, afinal, vale destacar que uma casa não é qualquer bem, é um bem de valor, que demanda investimento. Porém, por mais que essa alternativa seja considerada acessível, o cotista pode acabar se complicando se não tomar alguns cuidados tanto antes como depois de contratar um consórcio de imóvel.
Acompanhe este conteúdo e saiba como se prevenir!
7 erros comuns para evitar ao contratar um Consórcio de Imóveis
1) Não pesquisar sobre a administradora
Primeiramente, para fazer qualquer tipo de compra é fundamental pesquisar preços, condições de pagamento e a reputação do fornecedor, não é mesmo?
Trata-se de uma regra de ouro que vale também quando o assunto é consórcio! É importante destacar aqui que as administradoras desse tipo de serviço devem, em primeiro lugar, ser autorizadas pelo Banco Central, entidade responsável pela fiscalização dos consórcios. Além disso, a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC) também disponibiliza em seu site as instituições filiadas. Tudo isso é porque você deve pesquisar mais sobre a empresa que está prestes a fechar negócio, e pode fazer isso tanto em sites de avaliação de serviços, quanto em órgãos de proteção ao consumidor, como o Procon.
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2) Não levar em conta os reajustes
Um dos grandes benefícios dos consórcios é que sobre eles não incidem os tão temidos juros — presentes (e bastante temidos) em financiamentos ou empréstimos bancários, e são cifras que tendem a pesar no bolso diante do tamanho das parcelas. Mas atenção: isso não significa que sua contribuição mensal como cotista não irá sofrer nenhum tipo de acréscimo.
Para que a carta de crédito não perca seu poder de compra, anualmente ela possui reajustes de acordo com o Índice Nacional de Custo de Construção (INCC). Diante disso, as parcelas do consórcio também são ajustadas segundo esse valor — porém, aqui vale reconhecer que é bem menor que o peso dos juros em outras modalidades de compra, como o financiamento, como já falamos acima.
3) Faltar nas assembleias
A obrigação do cotista no consórcio não está limitada apenas ao pagamento em dia das parcelas. Pelo contrário, participar das assembleias é tarefa central. Afinal, nesses espaços de encontro são expostas todas as movimentações financeiras do consórcio, além de serem excelentes oportunidades para conferir como andam as contemplações e opinar sobre possíveis decisões que forem tomadas. As assembleias que precisam da sua participação costumam acontecer poucas vezes ao ano, com comunicação antecipada - então fique atento e participe.
4) Não ter paciência suficiente
É muito importante ter em mente que participar de um consórcio pode significar resultado a longo prazo. Portanto, isso significa que você não deve fazer sua adesão esperando ser contemplado já nos primeiros sorteios. E por mais que esse detalhe possa ser remediado através dos lances (uma espécie de leilão em que quem consegue adiantar mais parcelas recebe sua carta de crédito), os valores desses lances podem ser muito altos e, diante de todo esse contexto, a concorrência se torna bem acirrada para os mais apressadinhos.
Essa competição se tornou ainda mais séria após a liberação do uso do FGTS para consórcio de imóvel. Além disso, há outra opção: é possível encurtar esse caminho entrando em um consórcio que já está em andamento ao comprar uma cota à venda.
5) Não honrar as parcelas
Como já falamos, uma das maiores vantagens em se fazer consórcio é a ausência de juros. Entretanto, se você não quitar suas parcelas no prazo combinado via contrato, pode ter problemas, meu amigo…
Além disso,os atrasos ainda podem ser punidos com multas — afinal, essa ferramenta é utilizada pelas administradoras de consórcio para minimizar as problemáticas em torno de inadimplência. Nesse sentido, se você atrasa sua parcela, não está prejudicando apenas a você mas também todo o grupo com o qual você se uniu para fazer uma poupança em comum. Por outro lado, em casos mais graves, atrasos sequenciais podem implicar na exclusão do cotista, assim o dinheiro já pago você só irá conseguir recuperá-lo depois de encerrado o consórcio. Se você sentir que não poderá continuar concluindo as parcelas atuais, é importante tentar migrar para um consórcio cuja carta de crédito seja menor, reduzindo assim o valor de suas contribuições mensais.
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6) Não escolher a carta de crédito correta
Chegando ao final do consórcio de imóvel, ou mesmo ao ser contemplado, o cotista recebe sua carta crédito. Tendo esta carta em mãos, será possível adquirir seu bem — seja uma casa, um apartamento ou mesmo um terreno. As parcelas são, nesse caso, proporcionais a essa carta de crédito. Entretanto, muitas vezes os consorciados escolhem uma carta de crédito incoerente com suas expectativas. Há casos em que o valor acaba sendo menor que o necessário para adquirir o imóvel que o cotista quer conquistar. Se isso acontece, é até possível compensar a diferença, porém será necessário fazê-lo em dinheiro. Por outro lado, se a carta de crédito vale mais que o imóvel, o cotista tem a oportunidade de usar o valor sobressalente para quitar o IPTU ou o registro do imóvel aliado aos órgãos governamentais, por exemplo.
7) Não cuidar de suas finanças
Adquirir uma cota de consórcio significa ter um comprometimento por anos. Diante disso, é essencial manter uma gestão consistente de suas finanças pessoais, pois assim será possível disponibilizar, mês a mês, por exemplo, determinada parcela de seus rendimentos para a compra do imóvel.
Diante disso, faça um bom planejamento financeiro, tenha seus gastos sob controle e projete suas perspectivas financeiras para o respectivo período da participação no consórcio. E mais que isso, ainda vale a pena manter uma poupança para emergências, que pode ser útil para que você tenha fundos caso passe por eventuais dificuldades. Se planejar é sempre bom!
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